domingo, 3 de agosto de 2008

Véu

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Cansado, tento deitar na estufa da cama de plantas mortas.
Sem sentido exato, procuro uma posição confortável, algo que lembre a morte.
Eu sei que você está lá fora... Posso ouvir o som. Mas, por quanto terei de esperar esta epifanía?
Levanto, considero as alternativas, revejo o tempo desperdiçado... Gostaria de afogar esta inquietação.
Deito novamente, olho ao meu redor, sinto as sombras abafadas... uma gota de suor escorre da minha nuca. O relógio parece trocar os números sem seqüência. 00:30, 1:24, 2:06... Penso se seriam versículos ao invés de horas... Minha espera se torna insuportável.
Levanto, bebo água, sento em frente ao computador, tento traduzir esta angústia sufocante, eu preciso acordar e sentir o real do imaginário.
Volto a deitar e aguardo, aguardo, aguardo... Esperando pegar no sono e acordar.

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